quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Descortiçar

no corredor de puro breu
folhas, folhas
lenços dourados
gravetos em brasa
covas
rasas.


terça-feira, 31 de março de 2015

Olhos Quebrados

Nem lembranças, nem fantasias. Como numa cusparada na minha própria cara. Não acredito no mundinho puro, e sim em caminhos macabros, sempre em leito de morte. Está aqui ou não está aqui não faz diferença no mundo. Ele existe por si só, antes de mim. Ouço os gritos de pseudo-sanidades, pedidos de socorro. Já somos mutilados por existir. 

"Sou como um marionete quebrada cujos olhos tivessem caído para dentro".

segunda-feira, 23 de março de 2015

OSSO


Passos largos 
e de voos desconexos, 
Nas raízes Inversas.
No arremesso, nas profundezas imagéticas.
Beira os cotovelos enferrujados.

Hans Muller


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Poeira

Desalinhar os ossos.
O pulso gritante de guerreiros ancestrais 
desavisados em poeiras de canto
Corrosivos... 
desajustar o ser?
Poções de vazios 
Uma amargura Imensurável
Tatear foguetes travessais
Não - das cores que atravessaram o úmido.


Hans Muller

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Antigo

Acordei feito explosão
com força no olhar
para preencher a alma.
Para recomeçar...
uma taça de vinho,
e o prazer
de desembrulhar poeiras guardadas.

Hans Muller




quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Catalisador

Topor
                                           
 Decisivo

Arriscar - O silêncio.
Algo que escapa das mãos
Em pé na sua frágil embarcação.
Na sua inocência ambiciosa 
Nesse desafio alucinante
Ilusória.
Coisa de menino em delírio.

Hans Muller



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Opções

Topor

A continuar por aqui:
Burburinhos de piedade
Houve um delírio passageiro

Depois de um vulto arrebatador,

não soube o que de fato aconteceu...
apenas sentou no mais profundo de si
e deu continuidade as suas leituras pulsantes.
Hans Muller