quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O enigma da natureza libertina

Chagall


Ao som dos raios e trovões
O vento brincava na noite escura
em meio as árvores,
Lá pelas tantas
me vi dentro do espelho
diante de um pássaro branco
reversado-me do traje
já premeditado
fechei os olhos para acordar
inútil
pois estava no infinito distante.
eu vivi e morri
eu morri e vivi.
Depois sorri
e entreguei-me ao sol da noite.
O tempo esperando
horas apressado, minutos paciente
sempre ali nos observando.
O pássaro branco foi o tempo,
o tempo foi o branco
o branco no tempo
o pássaro e eu
e eu já não era eu
fora ou dentro do tempo.

Hans Muller

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