sábado, 9 de junho de 2012

O coveiro e as caixas de lágrimas

Gunther Von Hagens

Em frente a minha casa existia um cemitério encantador. Quando eu era pequeno não entendia todo aquele chororô...admirava o antigo coveiro, pois ele sim era o grande coitado, tinha que carregar nas costas todas as lamentações e odores dos parentes-criaturas ainda vivas...Eu e minhas amigas gostávamos de brincar pelas lápides ou procura as datações mais antigas. Às vezes o coveiro emprestava algum crânio... para que pudéssemos brincar de bola. Cresci e até hoje não entendo as lágrimas dessa gente.


HANS MULLER

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