sábado, 16 de abril de 2011

Os mosaicos atemporais

Rodin

17 de abril
A boca adoça,
O rio continua no seu movimento
No mais íntimo
Num jogo dramático
Como um raio-X
Tiramos as máscaras
Apresentamos nossa face.
Está Registrado no Catálogo
No livro da borboleta
Guardado dentro do baú antigo
Preso aos destroços do navio pirata.
Não houve outra igual,
Não há ninguém capaz...
De desatar os nós do meu sapato
Pois foste a primeira a encontrar fórmula
Que toca a criança pequena
E embaraça os meus ângulos
Entre as lágrimas e o sorriso
Diante das formas.
A porta continua aberta.
As letras se encaixam
Com a não simetria
A disritmia
A imperfeição
Fez-se o duplo em UM
365 dias
Numa trilha de curvas e retas
Calendário irreal
Flui cruzando o tempo.
Quero tocar os astros,
O verde do gramado.
Beber a gota da lua cheia
Encharcar-me dos banhos dourados
Continuar a nascer
Nessa viajem de prazer
Entre a metáfora e metonímia
Correr sobre as miragens
Metamorfosear a memória
Transformá-la em ladrilhos Daquela Poesia.

[Hans Muller]

3 comentários:

  1. Descaminhos... É onde mais tenho a oportunidade de me encontrar. Tempo... É onde estou mais sujeito a me perder de mim.

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  2. O dia 17 também teve um desses significados pra mim.
    Sempre encantando meus olhos e pensamentos com suas palavras... LINDO!
    Parabéns. :)

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  3. Lindo Hans! Seus poemas são diferentes, mas atraentes, tipo gostosos de ler =D

    Thamy D'el Rey

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