terça-feira, 24 de agosto de 2010

Menino-pequeno nos cabelos de Iemanjá.

pintura:Klimt

Lá você era tão linda,

Aqui uma belezura.
Nós de mãos dadas
corríamos no meio da multidão,
corríamos desses seres nojentos,
eles Impediam o nosso amor acontecer.
Eu era próprio Eros
carregando Iemanjá.
Lutamos dias e noites
noites e dias
para chegarmos ao nosso destino.
Depois de uma longa batalha,
Percebi que estava próximo...
aquela imensidão Azul, verde e cinzenta
cantava para nós,
cada Ser ali presente se divertia, se alegrava com a nossa chegada.
-Chegamos a nossa casa Iemanjá. (Eu dizia alegremente para Ela a rainha dos mares).
E ela me respondeu, como uma bela canção: (Mar e Lua, Chico Buarque)
http://www.youtube.com/watch?v=hNazSbihWzw&NR=1
A partir dali, preparamos o grande banquete
A nossa noite estava se aproximando,
(Eros) ficou responsável pela frutas ao mar,
Havia tangerinas, laranjas, maças, uvas, morangos, Pêras e bananas.
Iemanjá ficou responsável pelas flores,
Eram rosas amarelas, que logo começaram a desabrochar.
Era a partir daqui a grande noite de lua Cheia,
Víamos o brilho das flores, da areia e do mar.
Iemanjá tinha deixando um bilhete escondido entre as flores
E pediu a EROS para ir encontra.
Ele então encontrou,
estava escrito numa folha envelhecida
Um (Poema de Florbela, Tarde Demais...)
Iemanjá sentia própria flor-bela dedicando a Eros.
EROS um MENINO-PEQUENO que pouco sabia sobre a vida,
Ficou paralisando por alguns instantes
Pensando em tudo que já tinha vivido com A Grande Rainha
Carinhos, poemas, músicas, teatro, arte...
Tudo aquilo ficará na memória de Eros por longos Planos, séculos e vida.
Eros também tinha um poema para ELA.
(Pedaço Do Meu Coração, Cazuza)
Após ele recitar o poema
Eles ligados pelo amor
Uniram-se intimamente

Louco desejo
Amor
Amaram-se sobre o mar
Sobre as flores,
Sobre a areia,
Sobre o gingante cabelo Iemanjá,
Dentre mar,
Dentre peixes,
É o prazer para a eternidade.
Amaram-se
Amam-se
Atemporal
Não houve fim
Eles eram o próprio fim.
Desejos e encantos.

[HANS]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rseilllvuima ao "Poema Daquela poesia"

Tenho vivido num delírio de águas
Influído e ruidoso
O Motim da correnteza
Desarrumou minhas margens
Arrastou memórias de alegrias e tristezas
Consumiu palavras.
Daquela “poesia”...
O sabor da sua pele
Nos meus cabelos
E o gosto do teu cheiro
Em minha boca.
Dentro de mim
Luz, gesto, movimento...
Cobrem e descobrem
Mistérios revelados
Por doce tato.
Talvez eu consiga
traduzir a paixão das águas.
Mas, ainda nem tentei
Errar seu nome
Pequeno.

Laços...

[Rseilllvuima]

Caminhando no teu sangue.

Naquela próxima esquina...
Até você voltar,
ao vento perfumado, direi:
- Não...! Não há nada de vulgar!...
Íris IRRADIADORA,
Existe várias páginas á serem rabiscadas,
Viagens sem limites,
Fôlego duma bruma,
Letra de canção,
Brilhante insistência
Jogar-me no intimo, em você,
Pernas nas pernas.
Tudo é quente.
Sangue meu, no sangue teu.
[Hans]

Anacrônicos libertinos.

Pintura: Frida
Coeso, coesão
A nossa versão,
sobre dois corações enaltecidos.
Belobrilhohipnótico...
a magia do amarelo-verde.
Anacrônicos libertinos
-Onde estará você, doce luz?
Preciso tocar a sua boca,
idéias...seus cabelos no meu mundo,
seda, a louca vontade.
Arte triste, a borboleta indo embora...
Sobrevivendo apenas algumas horas,
Não sei onde permanece,
percebo chegando sempre...
por aquele mesmo caminho...
não queria que fosse...
- continue aqui mais um pouco!
não tem jeito , a borboleta se foi...
talvez eu... a encontre, em algum espaço desse mundo perdido.
E assim por via da natureza do espírito estou,
parece ser o meu consolo...
Silêncio!

[HANS]



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CAMILA E CAROLINA.

Teatro de Experiência Grapiúna
Grupo de Teatro Vozes


Olá marcianos, venho mais uma vez divulgar um outro belo espetáculo. Mas antes, para o filosofo Friedrich Hegel a beleza artistica não é apenas para satisfazer os nossos apetites, desejos ou caprichos corporais e intelectuais. A arte tem também como atributos de mostramos-nos se houve ou não a evolução humana e a evolução de nossa sociedade, ao logo dos tempos.

Quando lemos livros de conteúdos artisticos literários percebemos as divisões relacionado a cada época, por exemplo: Arte antiga, arte medieval, arte moderna, arte contemporânea e ainda percebemos cada modo particular de sua época e região. [Continua no próximo capítulo].

Voltemos para o espetáculo: (relise- SILVIA SMITH)

O espetáculo Camila e Carolina, a partir do texto de Vera Viana e com direção de Marquinhos Nô, traz a inconfundível marca da dramaturgia nelsonrodriguiana que ainda hoje inspira certa vertente das artes cênicas brasileiras.
Nessa linha, o texto se apropria da crítica mordaz de Rodrigues à família pequeno-burguesa, destacando a hipocrisia da sociedade brasileira. Para isso, desvela e problematiza questões que se escondem sob uma aparente e frágil harmonia familiar, confrontando perversão sexual, homossexualismo, injustiça, violência, preconceitos e incesto. Juntos, esses elementos são tomados como forma de transgressão, na medida em que, denunciam a precariedade estrutural desta sociedade, através da inversão de seus valores éticos – morais.
A ação se passa nas duas horas que antecedem o casamento das irmãs Camila e Carolina e focaliza situações nas quais predominam os símbolos eleitos pela cultura judaico-cristã como eternos em relação à família e ao casamento.
Enquanto se preparam para a cerimônia Camila é acometida de reminiscências da sua infância marcada por um drama de tons freudianos em relação ao pai, pela violência da mãe, e, em especial, pela paixão doentia voltada para a irmã Carolina. Ambas parecem inconformadas com a condição feminina, o que provoca nelas o desejo irresistível de transgredir as convenções sociais repressoras da mulher. Apenas Camila consegue se impor encarnado o ideal de mulher liberada que agride a sociedade hipócrita na qual transita, mantendo assim uma atitude de auto-afirmação que a faz parecer melhor aos próprios olhos, embora não consiga ter força para mudar a situação, nem evitar seu trágico destino.
Na montagem de Marquinhos Nô, a peça ganha uma dimensão essencialmente freudiana, trazendo a imagem de uma terceira mulher, que não se revela, mas, com a qual, Nô consegue condensar, num único palco, três planos distintos de representação: alucinação, memória e realidade, instancias que podem representar os níveis da personalidade humana descritos por Freud, “Id”, “Ego” e “Super-Ego”. A realidade marca a base cronológica da história, o plano da memória mostra os antecedentes e as razões ocultas que conduziram as irmãs ao ritual do casamento, bem como a relação conflituosa das mesmas com os respectivos noivos machistas. O plano da alucinação é o mais complexo de todos. É nele que Camila projeta suas fantasias e desejos reprimidos, vislumbrado numa frágil boneca de louça, a própria irmã Carolina, objeto de seu delírio e amor possessivo. É esta mulher velada que conduz ao final trágico e inevitável.


CAMILA E CAROLINA
Texto: Vera Viana
Com: Silvia Smith
Fatima Farias
Larissa Viana
Direção: Marquinhos Nô
A realizar-se: Centro de Cultura Adonias Filho
Dias: 13 e 14 de agosto de 2010
Ás 20:00 horas
Igressos já a vendas
Inteira R$ 20,00
meia R$10,00





sábado, 7 de agosto de 2010

- RSEILLLVUIMA


Na atmosfera do meu amor,
sinto-me devir,
a efervescência do meu ser.
Nossos corpos,
Uma pintura de natureza cravada.
Segredos, memórias, acordes.
Impressionismo harmônico
degustar teus lábios,
aromas de frutas e ervas,
elevação transcendental.

- Rseilllvuima
As palavras se escondem,
Mas os meus desejos são crescentes.
Talvez os sons dos tambores, das guitarras, dos violões...
dos sinos ou simplesmente aquele assobio apaixonado
representem a minha força interior por você Rseilllvuima.

Os milésimos do tempo
a tua matéria passa em meus pensamentos
o que é o concreto, o é que o abstrato?
Possa ser que nunca saiba.
Real ou imaginário?
Vai saber...!
Quem sabe... os que percebam digam!
Não são eles os Doutores do mundo?!
Não são eles os que sabem discernir a ilusão da não-ilusão?
Então me digam senhores, para que eu, pobre mortal ignorante possa compreender melhor dessas coisas internas ou externas!

Enfim,
Amo-ti querida Rseilllvuima...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Grupo Vozes, e o Berro D'ÁGUA


Sabemos que o teatro em “nossa terra Itabunense” e em “vários lugares” (não é visto com bons olhos), no qual as pessoas ainda vêem o teatro apenas como diversão, sem saberem eles que Arte também pode ser usada como uma “ARMA” Política e sócio-educativa. Podemos perceber sobre significação do teatro quando o filósofo Aristóteles, em sua Poética apresenta sobre a importância do teatro para a constituição ou organização da cidadania numa democracia. Ainda na Poética, Aristóteles apresenta as versões para o surgimento do teatro, os elementos de alicerce: (Ator, platéia e história), retrata sobre o inicio da tragédia e comédia, sobre moral, ética, raciocínio, Catarse (purificação ou purgação), mimesis (imitação) que em Aristóteles está ligada à techné (arte) e à physis (natureza) e dentre outros elementos teatrais.
[“A ligação entre o que significa ser humano e a prática teatral é tão profunda que a própria palavra pessoa vem de “persona”, cujo significado é a máscara grega usada pelo ator”, ROSENBERG, 2001].

Na verdade para que escrevi sobre isso, nada é por acaso. Primeiro queria salientar que nos próximos “capítulos” aprofundarei sobre tais assuntos. Segundo, venho aqui para divulgar o espetáculo;

Berro D’agua,depois de várias apresentações na região o grupo Vozes chega a Ihéus, através do cordel, com a ginga da capoeira, música e dança retratando a história da morte de Joaquim Soares da Cunha, mais conhecido por Quincas Berro D'água, a relação com seus grandes amigos boêmios, e com sua família. Um espetáculo divertido, comovente e nos faz refletir e conscientizar sobre vários aspectos, sendo esses a questão da amizade, do amor, da boêmia, o belo e o sentido da vida. O espetáculo teatral estará em cartaz nos dias 06 e 07 de agosto no Teatro Municipal de Ilhéus às 20:00 horas.

Texto : Jorge Amado
Adaptação: Ulisses Prudente
Direção: Jorge Batista
Elenco: Adrian Greyce
Aldenor Garcia
Lucas Oliveira
Silvia Smith
Fotos:Tiago Sousa