sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Grito de horror


Auguste Rodin

Apedreja-me
Até que meu pálido corpo vil
estenda-se sobre a terra da morte
cuspa-me
...
Na cara
Na venta
de saliva cálida.
acrescente umas pétalas de horror
e depois veja
o meu sangue escorrendo na beira do rio
Ouça a minha voz de falso poeta suicida
O acaso é inexistente
E a Arte mais uma vez revelou a minha alma
na tela popular
nos folhetos
Susto
Frio de arrepios
hipnotismo
meditações
O beijo dentro do orvalho
A história intima
Nasce a cada segundo
Quero deitar nesse sussurro
do tempo que me toca
para o caminho da dama dourada.
E dentro do silencio secreto
esperar a nova doçura
do carrossel de aventuras
e descobertas
porém os titãs e as feras
querem nos devorar.

[Hans Muller]

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